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O Bistrô Mahakali faz parte da Casa Madal, um espaço colaborativo criado em homenagem ao líder espiritual Sri Chinmoy, que fica na Vila Mariana em São Paulo. O espaço foi idealizado para receber as pessoas e a proposta é servir comida plant based no bistrô Mahakali, cursos de meditação gratuitos, oficinas diversas e aulas de yoga. 

Sabe aquela comidinha feita com cuidado, boas energias, com gostinho de comida de casa? Essa é a proposta do bistrô Mahakali, oferecer uma slow foodpara você degustar com tranquilidade e sentir o prazer em comer. 

De quinta-feira a domingo, das 12h às 17h, são servidos no almoço os pratos do dia, como Macarrão de Arroz à Bolonhesa de Lentilha, Moqueca de Frutos do Mato, Feijoada Veg e Curry de Grão de Bico com Espinafre. 

Além disso, há a opção de burguer vegano caseiro e tortas salgadas e quiches. Para aqueles formiguinhas que gostam de um docinho, são servidas diversas opções de doces veganos como brownie, torta de limão sem açúcar e bolo pão de melado. Tudo feito com boas energias e muito cuidado.

O espaço também contempla uma lojinha de produtos naturais, veganos e sustentáveis de marcas brasileiras diversas. 

Serviço A Casa Madal restaurante vegano

Endereço: Rua Paula Ney, 667 - Vila Mariana - SP

Encomendas e cardápio (WhatsApp): (11)98128-1376 

Horário de funcionamento temporário: Quinta a domingo de 12h às 17h (flexível para encomendas) 

Instagram: @casamadal

Adriano chegou no dia 13 de julho na cidade de Dover, Inglaterra, para se aclimatar à água fria do Canal. A largada se deu no dia 27 de julho, às 2h37 da madrugada, saindo da Shakespeare Beach. O dia e hora exatos da largada foram decididos pelo piloto do barco que o acompanhou, Chris Osmond, de acordo com as condições da maré e ventos. O barqueiro optou por largar antes da maré ideal, pois havia previsão de ventos fortes nos dias seguintes, o que resultou em uma travessia feita sob uma correnteza considerável.

Na primeira parte da travessia, o Canal recebeu Adriano com uma temperatura da água de 16 graus centígrados, cinco horas de chuva, tempestades, relâmpagos e águas-vivas. Havia também um nevoeiro constante, o que obrigou o barco a ficar sempre a não mais de 10 metros do nadador (para não o perder de vista), além de instalar uma luz fosforescente na toca de natação.

O Canal da Mancha é um corredor marítimo muito utilizado, e dezenas de embarcações comerciais de grande porte cruzam suas águas diariamente. Em meio à névoa, um enorme cargueiro não conseguiu reparar no pequeno barco e seu nadador, passando muito perto - cerca de 30m - e gerando ondulações fortes.

Não é permitido tocar na embarcação que acompanha o nadador e, por isso, Adriano recebia alimentação e hidratação atrvés de uma vara. O brasileiro Ashirvad Julio Zaiantchick e o experiente escocês Karteek Clarke (que já atravessou o Canal 10 vezes) o acompanharam na travessia, fazendo revezamento para preparar bananas, batatas cozidas, bebidas de chá quente com maltodextrina, coca cola e óleo de coco. Apesar do auxílio, nessa prova as paradas para alimentação duram não mais do que alguns segundos, pois a cada momento parado o frio se faz sentir mais e a correnteza afasta o nadador da sua meta. Ashirvad e Karteek comentaram que "apesar de tudo, ele (o Adriano) não reclamou em nenhum momento".

Chegando próximo da costa da França, o tempo melhorou. O sol se manteve escondido atrás das nuvens, mas o nevoeiro e as chuvas foram embora. A chegada em terra se deu na Wissant Bay, França.

Apesar de tudo, ele fez um ótimo tempo – 11h10min –, que até agora é o melhor da temporada de 2013, segundo o observador da federação, Colin Palmea, que acompanhou a travessia. No caminho, Adriano ultrapassou dois times que estavam fazendo a travessia em revezamento.

Os treinos de fato começaram em 2011, com a Travessia 14 Bis (24km - Canal de Bertioga, Santos/Guarujá) e continuaram em 2012 com a travessia do Lago Zurique (26km - Zurique, Suíça). Banhos frios todos os dias e treinos no inverno na baía de São Vicente, em Florianópolis e na piscina do tenis clube em São José dos Campos (onde ele mora) também fizeram parte do épico. Durante a semana, ele treinava à noite, depois de um dia de trabalho normal, nadando diariamente de 5 a 8km.

Perguntado sobre o que o motivou a passar por todos esses anos de treinos e preparação, ele explica: "Eu e meus irmãos todos nadávamos quando éramos crianças, mas eu nunca tive uma meta assim, desse nível. Aprendi a meditar em 2005, e isso foi algo que mudou minha forma de enxergar a mim mesmo e, portanto, o mundo todo. Meu professor de meditação, Sri Chinmoy, sempre ensinou a filosofia da auto-transcendência - que cada um deve competir com si mesmo e, assim, aprender a trazer à tona as boas qualidades que existem dentro de nós. Sinto que cada passo que dou na minha vida (como o Canal da Mancha) é uma forma de mergulhar mais fundo dentro de mim mesmo."

A equipe de natação do Adriano, o Sri Chinmoy Marathon Team, é o time que possui o maior número de travessias do Canal bem sucedidas no mundo. Adriano foi o 29º e o primeiro brasileiro do time. Em 2011, Sri Chinmoy foi incluído no International Marathon Swimming Hall of Fame (Hall Internacional da Fama de Maratonas Aquáticas) por seu serviço prestado ao esporte da natação de águas abertas. 

Seus pais estavam em Dover para ver o retorno após a travessia bem sucedida.

Como é de costume na cidade costeira de Dover, de onde todas as travessias partem, será instalada uma placa permanente com os dizeres: "Adriano Passini, 27/7/2013, travessia em 11h10min" e a bandeira do Brasil ao lado. Parabéns!